quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Desde que eu te conheci sempre admirei uma determinada característica: fazer sempre o que tem vontade! E vai alem, você geralmente faz do seu melhor modo, com determinação. Por outro lado isso realça claramente o que você não quer, não pode e não lhe interessa. Isso me fez e faz pensar em vários pontos da sua vida e imaginar as consequências que pode acarretar. Um desses pontos, o nosso relacionamento. Queria saber descrever como você me encanta. Sao nove meses de parceria e confesso que é delicioso receber seus abraços surpresas e tão sinceros, seus carinhos, adoro quando você chega e se aproxima devagar cheirando meu cabelo ou o pescoço, quando você me chama de "thay", se preocupa com pequenos detalhes que eu me esqueço como, por exemplo, a minha alimentação, ou ouve calado as minhas besteiras e reclamações mesmo fingindo achar interessante e quando ri dos meus argumentos mais tolos de convencimento. Isso tudo me impressiona porque mais uma vez você só FAZ o que tem vontade.

Mas aí vem o contraste, a parte que eu não tenho acesso e que talvez seja a parte que me motiva a causar toda essa angustia. Em alguns momentos você fica inacessível, mesmo estando por perto. Você mergulha em seus pensamentos e rotina que eu acabo ficando confusa em que espaço eu devo ocupar. Eu ligo? Deixo rolar, dou espaço, o que eu faço?
Acho que a minha reflexão esta nessas palavras, ocupar, apropriar-se. Qual é exatamente o lugar que pertenço? É um relacionamento temporário porque você sempre deixou claro que a qualquer momento vai embora? Sou sua melhor amiga/companhia na cidade? Sou só a sua ficante? E depois como vai ser? Eu estou nos seus planos futuros? Se não, o que deve ter dado errado? Tempo, lugar, prioridades, duvidas....

 Fico confusa sobre esse papel porque vejo que há diferença nas noites que estamos no máximo da intimidade física e numa outra mal damos um beijo no rosto, não conversamos. Em um momento você conversa sobre seus medos, desejos e saudades e num outro se apega ao silencio como forma de se proteger, de não me preocupar, não confiar talvez, não ser relevante. Em alguns momentos eu me sinto A garota do Thiago e em outros eu sou a amiguinha para família/amigos. Vou confessar pela primeira vez que sempre tive problema com essa significação do relacionamento. A definição de namorada sempre me causou arrepios. Justamente pela responsabilidade de sustentar o titulo e a posição que poderia me colocar ali. Tive esse problema com meu ex falido relacionamento, eu não tive um lugar e nem titulo, mas me comportava como tal e com obvia má escolha acabei pagando caro por muita coisa. Foi um pesadelo. No nosso caso eu continuo não tendo titulo, mas tenho um pouco mais de lugar, mas não tenho nenhuma certeza se tudo isso faz parte das coisas que você tem VONTADE.
Eu queria compartilhar isso com você porque já ignorei por muito tempo. Preciso entender o que se passa aí com você para também administrar o que sinto aqui. Não posso fazer planos de um final de semana agarrada-no-Thi e ficar chateada se você já tinha definido o seu fim de semana com a minha total ausência. Não posso esperar atenção especial se suas prioridades e responsabilidades são outras. Não posso admitir pra ninguém que estou solteira e muito menos que namoro. Eu adoraria que você pensasse sobre esse assunto e conversasse comigo quando estiver com cabeça e vontade. Sinceramente estou preparada para tudo.

Beijos ❤️