sexta-feira, 13 de abril de 2007

120 anos de SL - Parte 1

Sabe como é que é, a garota aqui é tão sociável (ou burra) que ta feliz da vida de chamar 18 pessoas para ficar o fim de semana na casa dela, com direito a um único banheiro e sem a autorização oficial dos pais. E ainda ta pensando em limpar o quintal pra por mais um tanto acampando. Foda demais, juro que em 2008 me candadito a vereadora dessa cidade. Não estarei aqui mesmo, e ganhar dinheiro a toa é o que há. Haha

terça-feira, 10 de abril de 2007

O historiador

Eu sempre tive medo de escrever sobre pessoas, sejam elas queridas ou não, num espaço público. Tenho medo da interpretação, da exposição e principalmente da reação de cada uma delas. Mas sinceramente? Quero deixar isso de lado, seja lá o que sair aqui será a minha opinião e isso poucas pessoas poderão mudar. Mesmo assim, essa tarefa deverá vir com argumentos bem convincentes.

Em 2005 eu estava prestes a entrar num cursinho conhecido na Grande Vitória, enquanto isso não acontecia, eu preenchia meu tempo na internet conversando com alguns amigos e com amigos de alguns amigos. Através dela eu conheci pessoas novas e interessantes que entre outras coisas estavam prestes a fazer o mesmo que eu: traçar uma meta e correr atrás do objetivo que no caso seria entrar numa faculdade pública.
A pessoa conhecida possuía características que eu me identificava: mesmo gosto musical, planos, sonhos, senso de humor e timidez. A internet e o telefone facilitaram essa aproximação e com o inicio das aulas do cursinho foi possível estar ainda mais próximo um do outro.
Estudávamos em escolas diferentes, tínhamos horários diferentes, mas mesmo com o transtorno que era utilizar o transporte público, procurar tempo e um lugar confortável e tranqüilo para nos ver sem a intromissão dos nossos responsáveis, hoje, posso dizer que esses foram problemas até agradáveis e divertidos.

No início, com ele antes de qualquer coisa, antes do "tesão" e afinidade que sentíamos um pelo outro, éramos acima de tudo amigos, muito amigos. Conversávamos sobre tudo e todos, confidenciávamos nossos problemas sentimentais e sociais. Juntos estávamos vulneráveis ao ponto de se precisar, ter coragem e liberdade de chorar.
E assim foi o ano de 2005. Problemas eram inevitáveis, ciúmes e até o efêmero encantamento por outras pessoas fazia a relação parecer estar a caminho do fim.
Na verdade pra mim o fim veio no momento em que nossos gostos e opiniões começaram a se divergir, não havia mais cumplicidade e aquele encantamento do inicio, apenas uma atração sexual e isso não foi suficiente pra manter uma relação quase inexististe prejudicada pela rotina e pelos compromissos "mais importantes".


Uma vez conversando no sofá do meu ex-apê-república eu falei que uma das coisas mais legais que até então tínhamos era a amizade, mesmo sabendo que ele estava longe em outro estado tínhamos um breve momento de bate papo e descontração e isso me lembrava a relação que tenho hoje com alguns amigos. Grande engano. Ele deixou bem claro que o que tínhamos poderia ser chamado de qualquer coisa, menos amizade foi então que eu acordei.
O fato era que eu estava apaixonadinha, mas infeliz com o que recebia. Toda minha impaciência, egoísmo aliada ao estresse que era a reta final do vestibular me fez força-lo a fazer escolhas. E esses tipos de escolhas eram simples demais para uma pessoa que assim com eu possui uma habilidade incrível de avaliar os fatos da forma mais racional e prática possível. Forma que até hoje eu admiro. E a escolha foi a correta. Hoje ele continua longe, mas por ironia do destino na mesma universidade que hoje estou matriculada, e ninguém acredita que ele não teve influencia na minha inscrição nela. Nossos mundos, gostos, objetivos mudaram.

Lembro que depois do fim canalizei minha frustração para as apostilas, para as baladas com as amigas e coloquei na cabeça que há certos relacionamentos que não eram para darem certo. Aceitei a teoria que com a minha idade eu deveria me divertir e me relacionar de forma prática, racional e rápida focando apenas o que interessa. Um tipo de egoísmo ridículo que eu custo em compreender nessa tal sociedade que eu faço parte.
Não temos mais contato, as últimas notícias que soube é que ele arranjou uma namorada linda que aparentemente o faz imensamente feliz, fez novos amigos e fez questão de otimizar seu tempo para as coisas e pessoas que efetivamente conseguem dá um rumo mais interessante e agitado em sua vida. Pelo visto a racionalidade foi usada mais uma vez e é exatamente esse atributo, junto com a coragem e a perseverança que eu absorvi desse cara que hoje não passa de um simples conhecido no Orkut.
Eu não poderia terminar o texto culpando-o ou colocando a responsabilidade sobre mim. Tudo foi tão natural e saudável que hoje me faz ter essa nostalgia gostosa de querer voltar ao tempo apenas para resgatar aquela amizade que tinha tudo para durar e ser linda. Vamos se vamos conseguir.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Sorria para a câmera!

Um dia um cara, que até então eu adorava, me disse que em todas as minhas fotos do fotolog eu sempre parecia feliz e rodiada de pessoas do mesmo modo. Brinquei dizendo que seria emo demais colocar fotos em meus momentos de tristeza e dramáticos.

Há pouco tempo uma amiga me disse que com ela ouviu a mesma coisa. Fui conferir, realmente nas últimas fotos estamos sempre juntas, sorrindo, e provavelmente forçando transparecer uma alegria momentânea, seja ela verdadeira ou não.

Ok, eu perdi totalmente o raciocínio sobre o que eu queria falar, mas não quero fechar o editor de texto.


O fato é que transparecer felicidade é apenas uma das melhores maneiras de atrair pessoas, principalmente as desconhecidas, não é tática, não é máscara, talvez seja apenas um atributo pessoal de cada um. Eu simplesmente não consigo ficar muito tempo perto de pessoas cabisbaixa e desanimada. Quem não gosta de sentar rir, conversar, tentar fazer novos amigos? O que é difícil e constrangedor é quando isso passa parecer uma das armas para conquistar pessoas a velha frase: "Sou legal, não tô te dando mole". Geralmente quem acaba pagando o mico é você, uma verdadeira injustiça.

Analisando um pouco a situação, creio que vivemos num mundo onde um dos principais produtos vendidos é a alegria, felicidade. Ter alguns minutos de baixo astral em público pode fazê-lo parecer o centro das atenções o que no meu caso não é lá muito confortável. Esse ponto que é impossível ignorar: o fato que sempre, não importa onde, sempre as pessoas estarão te avaliando, te testando de alguma forma para extrair de você o que o interessa.


Ontem fui a uma festinha na cidade, mais uma, claro. Minhas fiéis amigas companheiras de balada estavam “trabalhando” e como a festinha era realmente imperdível resolvi ir sozinha, tinha a certeza que encontraria a galera por lá. Chegando, abraços, beijinhos e formalidades gerais peguei uma cerveja e fiquei observando as pessoas e o ambiente. E esse comportamento normal de quase todos da festa é alvo fácil para as pessoas que só pensam em um tipo de coisa: pegação geral! E está aí mais uma coisa que me faz parar essas horas pra pensar: será que não existe um lugar onde haja entretenimento e as pessoas não pensam em “pegação”? Posso parecer careta e o assunto batido e chato demais, mas é impressionante como ultimamente pouco nos interessamos pela pessoa e sim bem mais em que ela apresenta por fora, parece que a boca das pessoas viraram um verdadeira lixeira para sair por aí esfregando em qualquer um.

O local e as intenções de cada um pode tentar justificar tal comportamento, afinal era "festa", mas para mim isso não é suficiente e não faz muito sentido.
Estar bonita com um sorriso no rosto, com uma cervejinha, perto de pessoas agradáveis pode ser o suficiente para me deixar completamente à vontade e realmente feliz, assim como conhecer novas pessoas, novas idéias, novos lugares. Infelizmente o que quase todos olham e desejam é APENAS um local da parte do corpo da outra pessoa para se satisfazer por algumas horas - talvez minutos -, inflar seu ego e dormi em paz. Então se esse problema, se é que é realmente um problema, não é ou não pode ser solucionado o que nos resta é usufruí-lo ou fugir dele. Enquanto vivermos num ambiente desse só o que nos restam é nos adaptar a cada tipo de situação. Restam-nos transparecer felicidade, seja em fotos ou em qualquer lugar e fazer muita gente acreditar que essa “felicidade” é intacta e verdadeira e continuamos a vivendo em sociedade.