terça-feira, 8 de setembro de 2009

Você sabe, não adianta. Minhas vontades falam mais alto que meus limites. Tem tanto mundo lá fora e eu não vou me prender. Meu maior medo é me entrevar. É não conseguir sair do que eu sou ou de quem eu amo. Tudo o que me faz bem demais vira excesso e me protrifica mais tarde.
É por isso que eu mudo, que eu nunca me basto. Tarde demais pra tentar voltar atrás. Queria te dizer um amontoado de coisas, e vou. Queria acordar num sábado e ir para a Austrália. Queria te ligar ainda sóbria e dizer que meu maior erro não foi você, e sim meu orgulho. Que eu te quero porque minha vaidade te deseja, e que eu não tenho sido tão doce, tão compreensiva. [b]As coisas são complicadas demais pra entender, mas eu gosto de tentar.[/b] Me perdoa se eu quero viver. Tenho meu ritmo de querer morrer, sair andando sem olhar pra trás. Tenho necessidade de sofrer porque sei que sou capaz de transformar minha dor em conforto, e nada é tão delicioso quanto se levantar do seu próprio fracasso.

Minha vida foi vivida pelos olhos, pelas milhas, pelas horas. Tudo nasceu comigo e eu fui levando, fui aprimorando, piorando.
Essas fugas são pra tentar me fazer feliz, ou afastar a tristeza.

Não tenho medo de ir. Se você não se joga você não cai, mas também não voa.

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