segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

É tempo de morangos e eu estou bem. Acho que, aos poucos, estou aprendendo a continuar. Não foi fácil nem dos mais felizes, mas foi um bom ano o que passou. Eu, tão acostumada com conquistas sem sacrifício, com pouco ou nenhum esforço, tentei ao máximo sair do meu estado de inércia habitual. Foi preciso um ano letivo inteiro para reverter o descaso cometido com as minhas oportunidades. Foi preciso um ano inteiro para recuperar a tranqüilidade, projetos e a fé que eu havia perdido. Vezenquando, lembranças de um passado próximo ainda invadem minhas tardes vazias e me trazem sentimentos confusos: ora de cólera, ora de tristeza com resquícios de pós-almoço-de-domingo-e-seriados-até-a-noite. Mas aí, os ventos do presente chegam trazendo a alegria e calmaria que só os dias quentes de verão têm. E fico bem. Tomo meu gelo, ascendo um cigarro e fecho os meus olhos para ouvir os sons da rua.

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