Se esqueci meu cheiro por ai, desculpa foi sem querer. Juro que peguei o máximo que podia do que era meu, se alguma coisa ficou foi desatenção ou porque não tinha mais importância. O importante para mim é que finalmente eu vim, sai, eu voltei. Finalmente eu consegui, depois de tantas tentativas, o medo simplesmente deixou de existir, meu amor cansou e resolveu não ligar mais. De tão longe que estávamos, não me faz mais diferença, você se tornou dispensável, um simples acessórios, que eu descartei. Como algo que passou da validade e se torna inútil, mais que isso, prejudicial. Foi-se o fulgor da nossa pele, o desejo da minha pela sua. Foi-se a sensação de segurança que sua presença causou, a saudade do nosso conforto, da nossa cumplicidade que nunca existiu. Acabou o sonho e a vontade, o querer. A vontade de te querer fazer brilhar os olhos acabou por fazendo apagar o brilho dos meus. Tive sede de você e você não se deu para me saciar. Hoje sou eu quem vai, sem maiores apertos no coração ou choro contido, vou livre, de cabeça erguida, vou em paz. De tanto que você não me ouviu, hoje você que não tem os meus ouvidos, de tanto que não me deu atenção, hoje, você que não merece a minha. De tanto esforço que fez para ser inexpressivo, invisível, assim se tornou. De todo o esforço que você fez em não se esforçar, eu pude tirar forças e ir, ir devagar, sorrateira, com cuidado de ir pelo caminho certo e não pisar em espinhos, porque vim com os pés no chão, descalça, entregue. E assim como entrei, saio da sua vida, como um tremendo acaso, com muita luta e desejo. Foi tanto esforço para te ter quanto para me livrar de você. O esforço para te trazer para dentro foi meu, o de te tirar de mim, foi seu. E te senti sair lentamente. De tanta preocupação que você não teve e tantos e tantos outros desleixos, eu me acostumei a não tê-los, não ter nada disso, me acostumei com a solidão (até mesmo a dois), me contentei com minha simples companhia. E hoje te direi "até breve", te vejo em sonhos ou pesadelos, anda duradouro, nada além de uma breve ilusão. Te deixo agora, no momento em penso que mais precisas e depende de mim (coisa que talvez não percebas, ou não seja realmente), sem remorsos de quem nunca te teve presente. Perdeste tua melhor qualidade: meu amor. De tanto que a porta ficou aberta, eu sai, e olhei para trás, para ter certeza de que você não viria até a porta, nem me procuraria, nem pediria para que eu ficasse. Você sempre será o mesmo, o mesmo passivo e infinito homem que nada quis ser (e tudo poderia ser) e ninguém conseguiu tomar para si.
Lívia Ferreira
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
Incomplete
Um dia eu encontrarei alívioEstarei atingida e serei amiga dos meus amigos que sabem como serem amigos.Um dia estarei em paz.Um dia estarei curada.Colherei meus ferimentos forjando o fim de umatrágica comédia.Um dia minha mente irá regressar e eu conhecereiDeus e serei constantemente aquela com sua noturnapenumbra e dia.Um dia eu estarei segura igual às mulheres que euvejo em seus trigésimos aniversários.
Sempre germinando
Sempre expandindo
Sempre aventurosa
E tortuosa, mas nunca feita.
Um dia falarei livrementeEstarei com menos medoE uniforme fora dos meus poemas e letras e artesUm dia estarei cheia de féEstarei confiando e serei vastamente autêntica eestabilizada e inteiraEu estive correndo tão suada em toda a minha vidaUrgente por uma linha finalSentindo saudades do enlevo todo esse tempoPor ser para sempre incompleta.
[Alanis, modificada]
Sempre germinando
Sempre expandindo
Sempre aventurosa
E tortuosa, mas nunca feita.
Um dia falarei livrementeEstarei com menos medoE uniforme fora dos meus poemas e letras e artesUm dia estarei cheia de féEstarei confiando e serei vastamente autêntica eestabilizada e inteiraEu estive correndo tão suada em toda a minha vidaUrgente por uma linha finalSentindo saudades do enlevo todo esse tempoPor ser para sempre incompleta.
[Alanis, modificada]
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
1 ano depois...
Há quase um ano, aliás, mais de um ano exatamente eu estava me mudando. Saindo (mais uma vez) da casa dos pais e ir atrás de um sonho. A tal universidade pública. Consegui. E ali tão longe encontrei amigos. Fui parar numa cidade totalmente desconhecida onde eu não sabia exatamente pra onde eu deveria me virar logo após de pôr os pés na rodoviária. Tive ajuda de desconhecidos, aprendi que dinheiro não cai do céu, que cada real era importante e que meus pais ainda batalharam muito para mandar tudo de lá pra mim. Não aprendi a cozinhar, mas a sobreviver com comidas gordurosas e instantâneas. Aprendi a não sujar muita roupa todos os dias. Sim, a preguiça sempre existiu, mas com ela também aprendi que se não me levantar daquela cama eu vou me ferrar sozinha e eu não estava ali pra isso. Aprendi que morar em república com garotas desconhecidas é divertido, mas também muito estressante. Depois que você encontra uma amizade pura ali você se sente realmente em casa. E dentre tantas coisas que já enumerei e que não me vem na memória agora, aprendi o mais importante, algo pra vida. Eu simplesmente aprendi a sentir. Senti muitas coisas. Saudade, vontade de ficar só, vontade de está no meio da multidão de amigos, vontade de chorar, de rir descontroladamente, vontade de ligar para mãe, pai, irmão e amigos pra contar cada detalhe, cada coisa diferente, cada novidade que me fez naquele momento meus olhos brilharem, meu coração disparar, que me deu água na boca, me fez bem ou até mal de alguma forma.
Fui para o Rio com toda disposição de me adaptar às mudança que aconteciam espontaneamente. E Mudei. Mudei muito. Acho que aquela menina que vivia entre a capital capixaba e a roça natal e que tinha tudo por perto, tanto família quanto os amigos, se viu muito mais apegada às pessoas que realmente se importavam com ela ali. E foi ai que pela primeira vez ocorreu uma das sensações mais fortes, felizes e contraditórias da minha vida. Apaixonei-me por um cara que mesmo longe em outra cidade sempre esteve perto de mim. Apaixonei-me por um cara que mesmo longe possuía todas as qualidades e defeitos que até então eu procurava num cara. A boba se apaixonou, idealizou, amou verdadeiramente pela primeira vez e sabe disso por simplesmente ter passado por um turbilhão de sentimento que vai de um extremo ao outro: A felicidade de ter ele por perto e a tristeza destruidora de não o ter mais ali segurando seus dedos enquanto dormia. Mas tudo passou.
Passou e eu vi tudo de camarote a minha vida virar uma verdadeira bagunça por causa disso. Meu coração estava lá aos pedaços, mas a minha vida continuava lá fora. Os meus amigos, a minha família, meu curso, minha saúde. Quase tudo foi afetado de alguma forma e só agora estou tentando consertar tudo.
Depois de tudo eu pergunto se valeu a pena e eu sinceramente acho que sim. Todo aquele blá blá blá que os livros e os velhos dizem sobre aprendizado, arrependimento, sentimentos eu acredito realmente.
Eu senti, eu mudei, aprendi e ensinei. E depois de toda essa mudança de ambiente, depois de todas as coisas que absorvi das coisas e pessoas que conheci e depois de toda essa alegria e dor que também me veio eu só fecho os olhos e viro tranquilamente mais uma página da minha vida. Não mudaria nada porque eu sei que tudo foi bom pra mim.. pelo menos de alguma forma.
Que venham mais anos no Rio. ..
Fui para o Rio com toda disposição de me adaptar às mudança que aconteciam espontaneamente. E Mudei. Mudei muito. Acho que aquela menina que vivia entre a capital capixaba e a roça natal e que tinha tudo por perto, tanto família quanto os amigos, se viu muito mais apegada às pessoas que realmente se importavam com ela ali. E foi ai que pela primeira vez ocorreu uma das sensações mais fortes, felizes e contraditórias da minha vida. Apaixonei-me por um cara que mesmo longe em outra cidade sempre esteve perto de mim. Apaixonei-me por um cara que mesmo longe possuía todas as qualidades e defeitos que até então eu procurava num cara. A boba se apaixonou, idealizou, amou verdadeiramente pela primeira vez e sabe disso por simplesmente ter passado por um turbilhão de sentimento que vai de um extremo ao outro: A felicidade de ter ele por perto e a tristeza destruidora de não o ter mais ali segurando seus dedos enquanto dormia. Mas tudo passou.
Passou e eu vi tudo de camarote a minha vida virar uma verdadeira bagunça por causa disso. Meu coração estava lá aos pedaços, mas a minha vida continuava lá fora. Os meus amigos, a minha família, meu curso, minha saúde. Quase tudo foi afetado de alguma forma e só agora estou tentando consertar tudo.
Depois de tudo eu pergunto se valeu a pena e eu sinceramente acho que sim. Todo aquele blá blá blá que os livros e os velhos dizem sobre aprendizado, arrependimento, sentimentos eu acredito realmente.
Eu senti, eu mudei, aprendi e ensinei. E depois de toda essa mudança de ambiente, depois de todas as coisas que absorvi das coisas e pessoas que conheci e depois de toda essa alegria e dor que também me veio eu só fecho os olhos e viro tranquilamente mais uma página da minha vida. Não mudaria nada porque eu sei que tudo foi bom pra mim.. pelo menos de alguma forma.
Que venham mais anos no Rio. ..
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
"Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos. Mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, pressão de família? O legal é alguém que está com você e por você. E vice versa. Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer. A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar."
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la. Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre."
Clarice Lispector
Clarice Lispector
domingo, 3 de agosto de 2008
=)
E quando você acha que não vai conseguir tirar a pessoa da sua cabeça você se conforma com a presença dela ali todas as horas e a ausência dela por perto por todos os seus dias. E os ônibus continuam passando, a faculdade te espera, a família ainda está ali pra te ouvir e ajudar em qualquer coisa que seja e o mundo que um dia você esteve continua do mesmo jeito, talvez até melhor, de quando você deixou.
"Meu reggae é "roots", palavras tambémMas o meu coração é brasileiro
Deixa eu aprender o que é o amor
Por mais difícil que isso seja
Deixa que a chuva vem lavar
A mente de alguém que desejaSair cantando por aí
Tentando sempre imaginar
Frases estranhas para dizer
Mensagens simples de entender
Cantando eu mando um alôPara você que acreditou
Que podia ser mais feliz, vendo o outro ser feliz
E abriu seu coração e o seu sorriso todo para ela."
"Thayla querida, deixa de ser boba e levante-se daí, tem muita coisa lá fora!!
"Meu reggae é "roots", palavras tambémMas o meu coração é brasileiro
Deixa eu aprender o que é o amor
Por mais difícil que isso seja
Deixa que a chuva vem lavar
A mente de alguém que desejaSair cantando por aí
Tentando sempre imaginar
Frases estranhas para dizer
Mensagens simples de entender
Cantando eu mando um alôPara você que acreditou
Que podia ser mais feliz, vendo o outro ser feliz
E abriu seu coração e o seu sorriso todo para ela."
"Thayla querida, deixa de ser boba e levante-se daí, tem muita coisa lá fora!!
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